sexta-feira, 14 de março de 2008

Dando à língua por outras paragens


Chegados ao fim duma etapa tão importante, é difícil não ficar a pensar aonde é que esta vida, que nos uniu nos últimos quatro anos, que nos forçou a uma convivência constante e nos transformou, nos levará a partir de agora. O caminho é incerto, mas espero que alguns de nós se mantenham visíveis por entre a folhagem. Não vos quero perder no escuro. Não quero que nenhum se quebre, mas admito que muitos não verei, nem terei pena de não ver pelo meu trilho. Contudo, e porque uma rapariga não é de ferro, há aqueles poucos, a quem antes via tantos dias, com que ia tomar café, lanchar, com que me sentava naquelas cadeiras à espera de ver passar as horas, com quem sonhava sobre o que seríamos quando já não estivéssemos aqui, aqueles poucos de quem agora sinto falta. Por isso agora vos dou muito mais valor, aprecio mais os vossos defeitos e admiro as vossas virtudes, e por isso também quando vejo esta fotografia, penso em vocês, e em como partilhamos este momento, agora, esta era, este espaço no tempo em que tudo muda para nós, e espero que tenhamos crescido em conjunto, e espero que nenhum dos vossos ramos se quebre. Que a luz consiga sempre chegar até às vossas folhas, mas que haja sempre sombra para vos dar ânimo. Que as vossas raízes se fixem ainda mais fundo, sempre rodeadas daqueles de quem mais necessitam.

Olho para esta fotografia e penso em vocês, e vejo-vos, a cada um, a escolher um trilho, e a torná-lo no vosso próprio caminho. E tudo o que posso pedir é que cada um de nós se possa encontrar a si mesmo e aos que mais quer no fim do caminho! Boa sorte.

1 comentário:

Filipa Gonçalves disse...

És artista, tu! =P
Não há folhagem nem mato que te faça ver livre de mim! (L)
lobiu*