terça-feira, 25 de março de 2008

Linguagem musical que encanta

Tenho orgulho em poder dizer-vos que viajei no passado dia 19 de Março, até Lisboa, ao Pavilhão Atlântico, para assistir ao concerto da fantástica ALICIA KEYSSSS!!!!!!!(prenda de anos da minha mana, thanks!)
Não há muito que se possa dizer do que já não se sabe dela, uma vez que não há discórdia quanto ao mérito que tem. Mas poder vê-la ao vivo e a cores, é toda uma experiência que todos deveriam poder partilhar. É uma artista capaz de iluminar o palco apenas com a sua presença, e de encher o coração dos milhares de pessoas para quem actua simplesmente pelo poder e energia positiva com que canta. É impossível não estar ali e sentir um verdadeiro momento de felicidade, ela não o permite! A força com que canta, e a felicidade que consegue passar para o público é contagiante, faz-nos capaz de sentir aquilo que sente quando canta. É simplesmente inagualável:)
Cantou duas horas, quase seguidas, passando facilmente duma balada comovente para a música mais animada, sem, no entanto, quebrar a magia e "fluidez" do concerto.Uma voz que supera o som do CD, o tom certo, o ritmo perfeito e o sentimento que faz arrepiar, algo verdadeiramente difícil de encontrar num artista. Quanto a mim, provou o seu valor, e proporcionou-me um dos momentos mais mágicos da minha vida. Aliás, saí de lá com a certeza de que toda a gente deveria ir a um concerto de vez em quando, faz bem, faz vibrar, faz sentir! Milhares de pessoas, ou centenas, ou dezenas, seja qual for o número, é dos poucos momentos em que o ser humano se junta num sentimento comum. E é muito agradável de ver, apreciar, assistir a tal espectáculo.
Em suma, valeu a pena!!!!
Deixo-vos com a minha favorita, que como não podia deixa de ser, é uma das dela, a qual costuma deixar para o fim, como foi o caso do nosso concerto. Um final em grande...

sexta-feira, 14 de março de 2008

Loucura


Eu sei que tenho problemas, toda a gente tem problemas, todos nós andamos sempre com um peso às costas, "cada qual com a sua cruz", já dizia a minha avó! Contudo, eu creio concentrar em mim diversas e variadas "loucuras", ou pelo menos, como eu gosto de lhes chamar, pequenas paranóias ou "pancas" se formos mais informais. Não, não penso estar já naquele estado avançado de puro delírio e em estado de perigo para mim mesma ou para os outros, mas sinto que estou naquele estado em que aprecio a minha própria loucura, em que dou valor às minhas pancas, em que me sinto uma pessoa mais feliz por poder cultivá-las sem pensar no que outros poderãopensar. Sou meia maluca e gosto de ser maluca! Vêem, até me soube bem escrevê-lo, e admito, disse-o em voz alta!

Claro que isto lá no 124 ou no seio de amizades tão, tão... particulares como as minhas queridas amigas e familiares e namorado, não são nada, mas ainda assim, é bom pder partilhar tal confidencialidade na webbb! Adoro cantar, ainda que pareça uma cana rachada quando o faço, ou seja, gosto de gritar e fingir que canto ópera! Adoro dançar no carro e chateá-lo quando o faço. Adoro fazer caretas ao espelho. E muitas outras que ainda não sinto à vontade para partilhar... Por isso, há já uns dias que ando a matutar num vício meu. Normalmente gosto de pegar em livros e abri-los ao acaso para ver se gosto de alguma passagem que depois possa adicionar ao meu livrito, o qual penso um dia poder gravar num quadro. Mas até lá, confesso que me rendi às tecnologias, e costumo apontar no meu tmv, visto que quando vou a sítos com livros, gosto de ir sem carteira para não me sentir tentada. Sim, sim, já sei que também não ia ter muito para gastar, mas ainda assim, gosto de ter algum para lanchar!

Portanto, esta é a citação que me anda a moer o juízo há já alguns dias:


"Para tornar a realidade suportável, tods temos de cultivar em nós pequenas loucuras." por Marcel Proust. Ora, para quem gosta de citações, podem visitar ali


Mas para quem gosta ainda mais do tema da loucura, aqui ficam algumas noções deste "estado" ou "condição", pode ser que alguns se revejam nelas!


"A loucura ou insânia é tradicionalmente um certo comportamento que adentra uma zona de perigo, uma região em que o indivíduo arrisca a si mesmo e aos outros. Esta "região" está geralmente ligada a tabus sociais, como o da autoridade paterna, por exemplo. (...) Segundo a psicologia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psicopatologia." in wikipedia (bem, ainda bem que tenho várias amigas nessa área...se bem que, lembram-se daquilo das amizades particulares?hehehehe crazyyyyy)


"A Inquisição reconhecia a loucura como uma doença que afetava diretamente os “miolos”, os inquisidores não afirmavam que se tratava exclusivamente de heresia. Este parecer não diferia muito do conceito popular com respeito aos doidos, nem tão pouco dos médicos que nesta época praticamente desconheciam doenças mentais."


"Observamos, desta forma, que os autores da década de 1830 e 1840 possuíam uma definição de loucura muito semelhante à de Pinel, que postulou que na loucura a razão havia perdido seu rumo." in here
E então, did you lose your mind around here?:)

Dando à língua por outras paragens


Chegados ao fim duma etapa tão importante, é difícil não ficar a pensar aonde é que esta vida, que nos uniu nos últimos quatro anos, que nos forçou a uma convivência constante e nos transformou, nos levará a partir de agora. O caminho é incerto, mas espero que alguns de nós se mantenham visíveis por entre a folhagem. Não vos quero perder no escuro. Não quero que nenhum se quebre, mas admito que muitos não verei, nem terei pena de não ver pelo meu trilho. Contudo, e porque uma rapariga não é de ferro, há aqueles poucos, a quem antes via tantos dias, com que ia tomar café, lanchar, com que me sentava naquelas cadeiras à espera de ver passar as horas, com quem sonhava sobre o que seríamos quando já não estivéssemos aqui, aqueles poucos de quem agora sinto falta. Por isso agora vos dou muito mais valor, aprecio mais os vossos defeitos e admiro as vossas virtudes, e por isso também quando vejo esta fotografia, penso em vocês, e em como partilhamos este momento, agora, esta era, este espaço no tempo em que tudo muda para nós, e espero que tenhamos crescido em conjunto, e espero que nenhum dos vossos ramos se quebre. Que a luz consiga sempre chegar até às vossas folhas, mas que haja sempre sombra para vos dar ânimo. Que as vossas raízes se fixem ainda mais fundo, sempre rodeadas daqueles de quem mais necessitam.

Olho para esta fotografia e penso em vocês, e vejo-vos, a cada um, a escolher um trilho, e a torná-lo no vosso próprio caminho. E tudo o que posso pedir é que cada um de nós se possa encontrar a si mesmo e aos que mais quer no fim do caminho! Boa sorte.